sábado, 19 de fevereiro de 2011

O Atlas do Meio Ambiente, Le Monde Diplomatique Brasil, com a temática do aquecimento global, destruição das florestas, escassez de água, enfim chama atenção para a crise ambiental e as propostas para salvar o planeta. O Atlas é uma forte convocação à reflexão sobre estes aspectos impactantes da nossa história sobre o planeta. Nas páginas internas 44/45, uma abordagem com o título O século dos refugiados do meio ambiente merece toda atenção. Dados extremamente significativos deste lastimável expediente onde comunidades, povos e nações se vêem confrontados com aquilo que o autor chama de migração forçada. Após analisar dados da África, Índia, faixas litorâneas dos Estados Unidos, Chade e Pequim, inclui também, o Nordeste brasileiro. O artigo cita Norman Myers, Universidade de Oxford, que o planeta pode ter cerca de 200 milhões de refugiados do clima até 2050. E afirma que a amplitude, a simultaneidade e a irreversibilidade desses movimentos populacionais constituem uma questão crucial para o futuro da humanidade. Conclui o autor do artigo que ao lado da biodiviersidade, é a sociodiversidade do planeta que corre perigo. Inúmeras comunidades tradicionais e povos indígenas, detentores de um saber e uma cultura profundamente arraigados em seu meio ambiente estão prestes a desaparecer. Continua da seguinte forma: além da irremediável perda que representa para a humanidade a morte de uma cultura singular, é uma questão de justiça que se coloca. Afinal, é a gestão deficiente das emissões de fases de efeito estufa, e não um acidente natural ou uma fatalidade qualquer, que está levando ao desaparecimento de povos que praticamente não têm responsabilidade sobre o aquecimento global. Seja em nome dos direitos humanos ou da manutenção da paz, é urgente que a comunidade internacional se empenhe em resolver essa questão e obrigue países e empresas a encararem suas responsabilidades, assim como antecipe, financie e organize os movimentos das populações. Termina por afirmar que ainda estamos longe disso. Vale a pena a edição do Atlas.

O Atlas lista os seguintes sítios para pesquisa:

www.climaedesmatamento.org.br/revista

www.redepovosdafloresta.org.br/drupal/

http://cmsdata.iucn.org/downloads/indigenous_peoples_climate_change.pdf

www.diplomatique.org.br
assinaturas@diplomatique.org.br

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