
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
PREMIO OURO AZUL

terça-feira, 11 de outubro de 2011
UMA ESPIRAL NADA ATRAENTE


Ao analisar a atual conjuntura européia, o editor-chefe do Le Monde Diplomatique Brasil considera que o quadro é muito delicado. Há conflitos que impedem a articulação de políticas regionais articuladas para enfrentamento da crise e, este imobilismo fará com que os riscos de desastre cresçam. Enfim, o calote(default) da Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e Itália é um golpe do endividamento que ameaça outras nações como França e Inglaterra. A conclusão do editorial é o seguinte: o quadro é da natureza do bicho. As grandes corporações não olham para o interesse público; têm como objetivo o máximo lucro. E, se os governos não foram capazes de impor dimensão de regulação pública à sua atuação, é porque foram capturados por elas, o que compromete o sistema político e a democracia como um todo. A crise financeira sistêmica é, também, no ver de Silvio, a crise do sistema político mundial.
Silvio Caccia Bava, A espiral da Insensatez, Le Monde Diplomatique Brasil, nº51, Edição ano 5, pag. 3. Foto: capa do Le Monde, Ed. 51.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
ADEUS AO VERDE: Morre Wangari Maathai

Presa três vezes por militar contra a repressão policial e corrupção e defender o meio ambiente em seu país, Wangari liderou a Cruz Vermelha nos anos 70 e foi a primeira mulher na África a terminar um doutorado. No Quênia foi Secretária de Estado para o Meio Ambiente, em 2003 a 2005.
Informações dão conta que o Cinturão Verde (Breenbelt) plantou aproximadamente 40 milhões de árvores.
Informações a partir de NotíciasBr.
Mais: http://www.fvhd.org.br/notes/Morre_a_ambientalista_mundial_Wangari_Maathaida
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
O BRASIL, CASA DE SALOMÃO E DA VIÚVA

Ao incluir o cogito cartesiano pareço aos meus amigos e leitores aprimorados na crítica, um materialista dialético. Não sou. Acolho a estética e os argumentos desta corrente filosófica. Não massacro Paul Sartre nem Simone de Beauvoir. Aliás, aprecio o seu conceito de liberdade. Admiro Albert Camus na literatura, Samuel Beckett e outros nomes da dramaturgia existencialista e absurda, como, Bertolt Brecht, Fernando Arrabal, etc. Porém, como sujeito de centro, entendo o homem histórico de Leonel como uma síntese do buscador das verdades; um protagonista da felicidade do povo, sem medo de morrer socialmente; um idealista que postula incondicionalmente novos paradigmas da política, dos direitos e garantias individuais dos cidadãos e dos valores universais previsíveis para uma sociedade justa, livre, solidária e sustentável. Respeitador dos costumes, da história e das normas escritas. Um arranjador social do seu tempo sem distorcer os princípios básicos da igualdade, da fraternidade e da liberdade; um sujeito de caráter liberté.
Para Leonel, caberia às Oficinas, sobretudo, instruir e capacitar cidadãos para a vida das nações como medida terminal às estripulias perpetradas por ditadores que oprimem o povo. Corruptos e demagogos que se apropriam do Estado e deturpam os princípios da ética com interesses escusos e deletérios. Enfim, um líder capaz de promover mudanças na estrutura social. Um homem que nada parece com os protagonistas mais recentes da história Brasileira, onde se incluem autoridades e políticos do cotidiano. Entendo também, que, para atingir tais objetivos, o Brasil e a Casa da Viúva são réplicas da Casa de Salomão construída por Francis Bacon ─ pai da ciência moderna, Século XVI, no livro Nova Atlântida ─, com etnias e crenças plurais, alimentadas por sentimentos patrióticos incomuns, cuja história, as nações registram nos movimentos que as tornaram livres. Exemplo, a Revolução Francesa, a Independência das 13 Colônias, nos Estados Unidos que inaugurou o constitucionalismo, a liberdade daquele povo e a construção de uma Nação livre e soberana, dentre outras.
José Bonifácio e Gonçalves Ledo, ao que se sabe filhos da Viúva, a quem muito se deve, projetaram a obra política do Brasil independente. Ao primeiro, coube a ambiência política para a independência. Ao segundo, a sustentação do sentimento de unidade nacional na construção do Brasil concebido por José Bonifácio. Uma obra de arquitetura política com sentimentos patrióticos profundos e terreno fértil de liberdade e unidade nacional. Um legado patriótico sem par aos extremos da vida de Tiradentes. Sabia ele que Estado livre e Nação soberana se constrói opondo-se a tirania com o sangue de muita gente boa. É dele o exemplo mais eloquente que nossa história ensina.
Nasceu o Brasil qual o vemos hoje, com desigualdades sociais e disparidades regionais em termos de riqueza da nação. O Brasil que amamos, abriga uma das maiores biodiversidades do planeta, cujo valor é inestimável à economia moderna. Brasil de Gilberto Freyre contra aqueles que torceram o nariz às idéias da miscigenação como valor singular na formação do povo. De Darcy Ribeiro que tão bem a sintetizou com extrema visibilidade. Outros pensadores contribuíram com esse trabalho. Conceitos de várias mãos, como as do inesquecível Florestan Fernandes. Um povo sem dialetos, porém, rico em sotaques. Acolhedor e amante da liberdade. Fala-se de paz no sul da mesma forma como a interpreta-se no norte. De tecnologia e progresso no centro como se a entende e carece nas extremidades mais remotas do país. Cabe, pois, aos brasileiros filhos ou não da Viúva pugnar por uma escalada de redução das desigualdades sociais, agenda salutar para a cidadania consciente. Lugar sagrado dos guardiões da paz, da concórdia, do progresso e da unidade nacional para a glória de sua brava gente, como quisera José Bonifácio e Gonçalves Ledo.
Este é um bom momento para refletirmos o que aprendemos com a independência de outros povos. Com a nossa independência. Com o Brasil dos primórdios, o de hoje e o das futuras gerações.
Publicado no Jornal A Folha Regional, Ano XXI, Ed. 1055, 10/09/2011, pág. 04, quando a Grd.`. Benem.´. Benf.´. Loj.´. Maç.´. Just.´. Carid.´., instituição secular abriu-se para lideranças e autoridades locais. Da esquerda para direita, Trindade Escudeiro e Wagner Alves. No centro, João Guilherme Ferreira, Eu, autor do Blog e Pedro Márcio Bueno.
Foto: muzambinho.com
quinta-feira, 14 de julho de 2011
DECIFRA-ME OU DEVORO-TE. O MUNDO É UM MOINHO!


A justificativa para Moinhos de Vento é que o livro fala de “diversificados e complexos moinhos a remover: no meio ambiente, na gestão logística, na comunicação empresarial, nos negócios, nas políticas públicas e, sobretudo, nas relações humanas. Trata, de forma estrutural, dos moinhos que insistem em querer triturar o que há de melhor na inteligência humana.” Sujeito generoso e modesto é o Paulo Botelho em sua justificativa. Moinhos de Vento é um mergulho no universo da música, da literatura e da dramaturgia universal. Sófocles, Shakespeare, Hegel, Brecht, Godard, Santo Agostinho, Machado de Assis, Fernando Pessoa,Tolkien, Schweitzer, Kant, Pellegrino e outros presentes no corpo das crônicas. É modéstia demais reduzir Moinhos de Vento a uma quadra espetacular e envolvente da antropologia social da vida humana na urbes. Moinhos de Vento transcende! Igual a passagem de Alcides, um surdo-mudo, pequeno e frágil; um “Quixote do universo sustentável”. Vivia na roça, no eixo Muzambinho-Monte Belo; um multiplicador do desenvolvimento sustentável que chorava por não evitar a morte de um animal. Brigava para impedir a derrubada de uma árvore. Tomava providências — todas que estivesse ao seu alcance ― para socorrer alguém com fome! Emocionante a passagem com o Presidente Juscelino Kubitschek, em Caratinga, na inauguração de uma obra. Meio a multidão, um homem com esforço vem ao encontro. JK pára estarrecido. Era um “leproso enrolado em sacos de estopa”, rosto deformado, porém, os olhos suaves! Juscelino o abraça afetuosamente e “ele se afasta e, de costas para a multidão perplexa, chora de emoção!”. JK era médico. Conhecia com profundidade as mazelas da vida! Paulo Botelho cita com a mesma ternura, o médico e emérito de Muzambinho, Dr. Ismael de Oliveira Coimbra, que tinha um projeto para a “cidade que incluía escolas, redes de esgotos, postos de saúde para toda a população”, mas, excluía a fonte luminosa, a reforma da igreja e a criação de um caipiródromo. Ainda com carinho lembra Dr. Samuel Assis de Toledo, médico filósofo de quem recebeu Diálogos de Platão com a seguinte recomendação: “Leia, pelo menos umas quatro vezes. O livro contém uma trilha de sintaxe mental para você entender a essência da vida.” O Paulo compreendeu a sintaxe à qual se referia Dr. Samuel de quem guardo no escritório a Historia da Filosofia: vida e ideias dos grandes filosofos, Will Durant, Editora Nacional: 1936, amarelado é bem verdade; tão valioso quanto a recomendação daquele ditoso homem ao inquieto adolescente. A verdade é que o Paulo Botelho internalizou a sugestão do Dr. Samuel Assis de Toledo e a transformou enriquecendo-a ao citar Jacques Lacan: “Os seres humanos não obedecem integralmente à relojoaria cósmica porque nascem desequipados” e conclui: “Ele queria dizer que é por meio da cultura que se constroem pontes sobre o abismo dos desentendimentos”. Moinhos de Vento é uma sintaxe que nos leva às pontes. Vamos usá-la. Leia o livro do Paulo pela All Print: http://www.allprinteditora.com.br/
terça-feira, 5 de julho de 2011
UM BOEING EM PISTA DE TECO-TECO


Passeou de mãos dadas com Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil, efetivamente citado além de um contemporâneo seu a quem recomendou. Quando ousei lembrar A Visão do Paraíso, também do Sérgio Buarque de Holanda, Ávila permeou com maestria, sem referenciar e citar nomes, idéias de Caio Prado Junior, História Econômica do Brasil, autor e obra indispensável ao entendimento das estruturas da sociedade brasileira, especialmente as mazelas do passado! Necessária para entender a abordagem ambiental do momento. É dele a visão nítida de que o Brasil é, e sempre foi “uma empresa agroexportadora” a começar com o pau-brasil.
O maneirismo e a sutileza intelectual de Ávila me fizeram respeitar e acreditar na sua solidariedade para com a platéia. Quando um deles referiu-se aos americanos como cânceres do planeta, obtemperou afirmando que o homem é quem o é e pluralizou a questão. Esta parte é típica do inesquecível Eduardo Prado, autor de A Ilusão Americana. Simplesmente deslumbrante para quem estuda meio ambiente e aplica o Direito concernente a ele. O autor comprova por documentos da diplomacia internacional que o Estado Norte Americano nunca foi Nação parceira do Brasil. Apenas tolera. Cita passagens da diplomacia, da qual fez parte e, carrega nas palavras sem poupar críticas à relação bilateral com o Brasil e às multi-relações norte-americanas com o continente latino.
Irretocável a fala, o brinde de Ávila. Propiciou momentos incomparáveis a outros em que ouvi gente boa e igualmente importante no segmento ambiental. Ávila é diferente!
Reeditemos sua intelectualidade entre nós, trazendo-o mais vezes para mais pessoas verem e ouvi-lo. Se assim fizermos, revitalizaremos nosso intelecto. Nosso gosto por uma nova primavera onde Celso Furtado, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Júnior, Eduardo Prado — apesar da contemporaneidade literária, porquanto vanguardistas que foram — deixarão de ser apenas parte de um ideário ancestral. Eduardo Prado não será somente aquela alameda com árvores frondosas do Centro de Biociências da Cidade Universitária da USP, em São Paulo, ao lado da marginal do Rio Pinheiros, fundos com o Instituto Butantã e uma enorme favela separando a laboriosa comunidade científica do excêntrico bairro do Morumbi. Ávila perlustrou nosso ambientalismo com grandes brasileiros e deu a cada um o seu valor. Ajudem Ávila. Tragam-no mais vezes!
Publicado no Jornal A Folha Reginal, Ano 21, Ed. 1046, pag. 17
quinta-feira, 30 de junho de 2011
RIO AMBIENTE 2011
