quinta-feira, 28 de abril de 2011

LANÇAMENTO DO LIVRO LELEZINHO

Lançamento no salão da bibilioteca Monteiro Lobato, IFESULDEMINAS-Campus Muzambinho, do livro "Lelezinho, o pintinho que ciscava pra frente e andava pra trás" foi muito bem contextualizado. É a primeira obra do escritor José Nário, da Academia Muzambinhense de Letras, para o público infanto juvenil. O artista gráfico, José Carlos, curriculum invejável com formação no Brasil e na Europa contribuiu com as ilustrações. Autoridades administrativas da cidade e do campus enfatizaram a oportunidade de expandir a inserção social aos portadores de necessidades especiais que é o eixo central do livro. Comandada pelo professor Hugo Baldan, a solenidade foi assistida de perto pelo diretor Geral do Campus, Professor Luiz Carlos Machado Rodrigues e Dr. Otonelson Eduardo Prado que representou a Academia Muzambinhense de Letras, além de várias lideranças e intelectuais.
Da direita para a esquerda, sentados: Dr. Otonelson, Professor Luiz Carlos e a professora Rosângela coordenadora de EAD do IFESULDEMINAS-Campus Muzambinho; Centro: José Carlos e José Nário autografam o livro para o Dr. Otonelson; Dr. Otonelson, José Nário, Professor Luiz Carlos e José Carlos. Fotos: muzambinho.com

domingo, 24 de abril de 2011

O Dossiê Le Monde Diplomatique Brasil circulará sozinho. Segundo o editor de Le Monde Diplomatique Brasil e coordenador geral do Instituto Polis, Silvio Caccia Bava, o Dossiê ganhará autonomia, será uma publicação mais robusta, bimestral a ser distribuída pelas bancas de revistas. Acrescenta que continuará com os melhores artigos publicados pelo jornal Le Monde Diplomatique, sempre com os melhores especialistas e o foco de estimular o debate e o contraditório dentro de um campo político popular e democrático.

A publicação atende a um público desejoso em aprofundar os conhecimentos de temas importantes, exemplo, o Dossiê desta edição que trata da Internet e os seus fenômenos mais recentes, exemplo, o Wikileaks. A propósito, Felix Stalder publica Wilkileaks desnuda as instituições, também disponível no site http://diplomatique.uol.com.br/edicoes_especiais_artigo.php?id=1

quinta-feira, 21 de abril de 2011

PRIMAVERA SILENCIOSA

Mais que um livro, Primavera Silenciosa, apesar de poético no título foi o estopim a um novo e poderoso movimento social que forçou vários governos proibirem o uso de DDT e instigou mudanças nas leis que preservam o ar, a terra e a água com a criação em 1970, da Agência de Proteção Ambiental Norte-Americana. A paixão de Rachel Carson pelo futuro do planeta Terra foi determinante para o lançamento do movimento ambientalista mundial. Lançado em 1962 ressurge em 2011 pela editora Gaia. Ao todo, 325 páginas que valem a pena. www.editoragaia.com.br

domingo, 10 de abril de 2011

REGULAMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O Decreto 7.404/2010 estabelece as normas para execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos apresentada à sociedade pela Lei 12.305/2010 e institui o Comitê Interministerial da PNRS com objetivos de apoiar, estruturar e articular as ações dos órgãos governamentais para cumprir as metas previstas. Também é instituído o Comitê orientador para Implantação dos Sistemas de Logística Reversa que definirá as prioridades e o cronograma dos editais de propostas de acordos setoriais e suas revisões e os regulamentos dos termos de compromissos, promovendo estudos e medidas para desonerar as cadeias produtivas sujeitas a logística reversa. A gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos devem observar as possibilidades de não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos e disposição adequada dos rejeitos. Serão elaborados planos de gerenciamento de resíduos específicos, bem como planos nacionais, estaduais, regionais e de regiões metropolitanas, intermunicipais e municipais. Com exceção dos planos municipais que devem ser atualizados em acordo com os planos plurianuais dos municípios, os outros têm horizonte de vinte anos de atuação e revisão a cada quatro anos. O plano nacional deve ser apresentado até junho/2011.

A educação ambiental é incentivada com objetivos de aprimorar os conhecimentos, comportamentos e valores relacionados com a gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Também estão previstos recursos, financiamentos, incentivos fiscais e outras formas de apoio, inclusive o pagamento por serviços ambientais.

Antonio Silvio Hendges,In: Regulamentação da política nacional de resíduos sólidos(Lei 12.305/2010). Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2011/03/11/regulamentacao-da-politica-nacional-de-residuos-solidos-lei-12-3052010-artigo-de-antonio-silvio-hendges/ Acessado em: 10/04/2011.

sábado, 2 de abril de 2011

O AMARANTO INCA KIWICHA INVADE PLANTAÇÕES DE SOJA TRANSGÊNICA DA MONSANTO NOS ESTADOS UNIDOS

No que parece ser mais uma demonstração da sabedoria da natureza abrindo caminho, a espécie de amaranto inca conhecida como kiwicha se converteu em um pesadelo para a Monsanto. Curiosamente esta companhia é conhecida por suas práticas diabólicas “Mondiabo” se refere a esta erva sagrada para os incas e os aztecas como uma erva maldita.

O fenômeno da expansão do amaranto cultivado em mais de vinte estados ao largo dos Estados Unidos não é novo, mas merece ser resgatado, acaso celebrando a perícia e talvez até a inteligência desta planta guerreira que se opôs à gigante das sementes transgênicas. Desde 2004 um agricultor em Atlanta percebeu que brotos de amaranto resistiam ao poderoso herbicida Roundup à base de glifosato em campos de soja transgênica. O site da Monsanto recomenda aos agricultores misturar o glifosato com herbicidas como o 2,4-D que foi proibido na Escandinávia por estar correlacionado com o câncer.

É curioso que o New York Times há mais de 20 anos escrevia que o amaranto podia ser o futuro do alimento no mundo, agora chama a esta planta uma “superweed” ou “pigweed” terminologia que faz uma concepção do amaranto como uma praga.

Segundo um grupo de cientistas britânicos do Centro para a Ecologia e a Hidrologia, foi produzida uma transferência de genes entre a planta modificada geneticamente e algumas ervas “indesejáveis” como o amaranto.

Este fato contradiz as afirmações dos defensores dos Organismos Modificados Genéticamente-OMG, que assinalam que uma hibridação entre uma planta modificada geneticamente e uma planta não modificada é simplesmente “impossível”.

O amaranto, aliás, possui mais proteínas que a soja e, além disto, contém vitaminas A e C. Enquanto nos Estados Unidos se preocupam em como eliminar esta resistente planta que supera a tecnologia da Monsanto e se reproduz em quase qualquer clima, não lhe afetando doenças nem insetos e não precisa de produtos químicos.

Acaso não seria melhor que escutassem esta mensagem da natureza e tentassem processar alimentos de amaranto?

A satanização do amaranto nos faz pensar que a indústria dos alimentos busca simplesmente manter a população no pior estado físico possível para que possa ser devorada por obscuras corporações e interesses políticos.

As melhores casas de grãos e cereais da cidade de São Paulo oferecem amaranto em sementes ou flocos para consumo humano. É uma delícia que vale a pena ser experimentada.


Mais interesse leia El Amaranto(kiwicha) inca devora a Monsanto, http://lacasaeuropa.blogspot.com/2009/12...ervoa.html e La naturaleza contraataca:amaranto inca devora transgénicos de Monsanto, http://pijamasurf.com/2011/01/la-natural...monsanto/

Fórum Anti Nova Ordem Mundial. Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2011/02/16/o-amaranto-inca-kiwicha-invade-plantacoes-de-soja-transgenica-da-monsanto-nos-estados-unidos/ Acessado em: 02/04/2011

LE MONDE: O RISCO DE SUPERPOPULAÇÃO MUNDIAL PERMANECE REAL

O fantasma da “bomba demográfica” volta a pairar sobre o planeta? Um estudo do Conselho Econômico e Social da ONU, publicado no início de fevereiro, faz um alerta claro: sem um esforço considerável para baixar o número de nascimentos, o cenário otimista de uma população mundial culminando em 9 bilhões de indivíduos por volta de 2050, para em seguida declinar, poderá ser ilusório. Essa hipótese reconfortante, que corresponde a um cenário “médio” de crescimento da população segundo a ONU, foi amplamente imposta nestes últimos anos, acalmando os temores de um planeta sufocado pela superpopulação. A ponto de nos fazer esquecer de que ela não se realizaria sozinha, teme a ONU.

“A redução contínua da fecundidade nos países em desenvolvimento é considerada como certa, muitos responsáveis pelas diretrizes políticas estão convencidos de que a demografia não é mais um tema de preocupação”, observa o demógrafo Thomas Buettner, da divisão da população da ONU. “No entanto, a população mundial poderá se revelar bem mais numerosa que o previsto”. O menor relaxamento na diminuição da taxa de fecundidade terá conseqüências explosivas, prevê a ONU nesse relatório. Bastará que a fecundidade permaneça 0,5 ponto acima do previsto no cenário médio até 2050 para que a população mundial atinja não mais 9 bilhões, mas sim 10,5 bilhões. Se, em seguida, essa fecundidade permanecer somente 0,25 ponto acima da hipótese média, o mundo terá 14 bilhões de indivíduos em 2100.

Destruição do meio ambiente, urbanização anárquica, alimentação, água… não faltam pesadelos associados a uma população como essa. “É perfeitamente possível alimentar 9 bilhões de homens. Passando disso, torna-se muito complicado”, acredita o demógrafo Henri Leridon, que está concluindo um estudo sobre esse tema para a Academia das Ciências.

Má notícia: baixar a taxa de fecundidade até a taxa de substituição da população (2,1 filhos por mulher nos países desenvolvidos e 2,5 nos países onde a mortalidade é mais elevada) não bastará. Mesmo no caso – pouco plausível – em que cada país atingisse o nível de substituição até 2015 para em seguida ali se manter, a população mundial continuaria a subir até 9,1 bilhões em 2050 e depois até 9,9 bilhões em 2100. “O crescimento demográfico tem uma forte inércia: é como um navio-tanque que continua a avançar bem depois que seus motores foram desligados”, explica Buettner.

Segundo a ONU, para garantir um nível sustentável de população, todos os países devem, o mais rápido possível, baixar para uma taxa de fecundidade de 1,85 e ali se manter durante um século antes de retornar ao limiar da substituição. Esse esquema corresponde mais ou menos à evolução seguida pelos países ocidentais. No entanto, ele parece bem ambicioso. “Nada garante que a melhora do planejamento familiar nos países em desenvolvimento continuará; em alguns países, ela está em recuo”, lamenta Buettner. A taxa de fecundidade dos países menos avançados permanece em uma média de 4,29. Uma dezena de países, a maior parte na África, ainda não iniciou sua transição demográfica. “A Ásia e a América Latina reduziram sua natalidade bem mais rápido do que os demógrafos pensavam”, lembra Gilles Pison, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Estudos Demográficos. Será que a África reserva a mesma surpresa?

A questão é delicada, assombrada pelo temor do controle dos nascimentos. “Trata-se unicamente de oferecer uma livre escolha aos indivíduos”, explica Yves Bergevin, coordenador para a saúde materna e reprodutiva no Fundo de População das Nações Unidas. “Ao oferecer o acesso a serviços de planejamento familiar, melhor educação e um reconhecimento dos direitos das mulheres, podemos atingir imensos progressos em somente dez ou vinte anos”.

Estamos longe disso. Em quarenta países, quase um quarto das mulheres não conseguem satisfazer suas necessidades de planejamento familiar. Nos países menos avançados da África, o emprego de métodos modernos de contracepção atinge um máximo de 12%. “A oferta de contracepção é insuficiente, mal organizada, os próprios dirigentes locais encarregados de aplicar esses programas nem sempre estão convencidos de sua validade”, constata Pison.

Grégoire Allix, Lê Monde. Tradução de Lana Lim. In: Le Monde: O risco de superpopulação mundial permanece real. Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2011/02/17/le-monde-o-risco-de-superpopulacao-mundial-permanece-real/ Acessado em: 02/04/2011