segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A revista Nature, de 24 de setembro publicou artigo de Johan Rockström, cientista da Universidade de Estocolmo, na Suécia e seus associados onde apresentam processos sistêmicos principais para os limites do Planeta Terra. Em análise as mudanças climáticas; acidificação dos oceanos; interferência nos ciclos globais de nitrogênio e de fósforo; uso de água potável; alterações no uso do solo; carga de aerossóis atmosféricos; poluição química; e a taxa de perda da biodiversidade, tanto terrestre como marinha. Para o estudo, os limites são fronteiras onde a humanidade dever permanecer se quiser evitar alterações ambientais de dimensões catastróficas.
Para os cientistas, três desses limites o ciclo de nitrogênio, a perda da biodiversidade e as mudanças climáticas já foram ultrapassados e afirmam que a humanidade rapidamente se aproxima dos limites no uso de água, na conversão de florestas e de outros ecossistemas importantes para uso agropecuário, na acidificação oceânica e no ciclo de fósforo.
Os números para estes limites, a exemplo do ciclo de nitrogênio que antes da Revolução Industrial era zero removido da atmosfera, o limite é de 35 milhões de toneladas por ano. Os valores atuais 121 milhões são três vezes mais que o aceitável. A perda de biodiversidade, em número de espécies extintas por milhão de espécies por ano era de 0,1 até 1 no início da era industrial contra um limite proposto pelo estudo em 35. Entretanto, o valor atual já passou de 100 afirmam os cientistas. E, o consumo de água potável por seres humanos que era de 415 quilômetros cúbicos por ano antes da Revolução Industrial, hoje, chegou a 2.600, o que é muito próximo ao limite sugerido de 4.000 quilômetros por ano.
Os pesquisadores destacam a necessidade de se estabelecer limites também, para a emissão de aerossóis atmosféricos e poluição química, apesar de não haver atualmente, informações suficientes para tal definição.
“Embora a Terra tenha passado por muitos períodos de alterações ambientais importantes, o ambiente planetário tem se mantido estável pelos últimos 10 mil anos. Esse período de estabilidade – que os geólogos chamam de Holoceno – viu civilizações surgirem, se desenvolverem e florescerem. Mas tal estabilidade pode estar em risco”, descrevem os autores.
Desde a Revolução Industrial, um novo período surgiu, o Antropoceno, no qual as ações humanas se tornaram o principal condutor das mudanças ambientais globais”, destacam. Segundo os pesquisadores, se não fosse a pressão promovida pelo homem, o Holoceno continuaria ainda por muitos milhares de anos.

Mais: A safe operating space for humanity, de Johan Rockström e outros, os assinantes da revista Nature podem acessar em www.nature.com

Da Agência Fapesp, EcoDebate, 25/09/2009, In: Pesquisadores estimam que já ultrapassamos os limites da Terra, http://www.ecodebate.com.br/2009/09/25/pesquisadores-estimam-que-ja-ultrapassamos-os-limites-da-terra/
Gráfico: Alguns "limites planetários" já foram ultrapassados, admitem pesquisadores, In:www.ecodebate.com.br/2009/10/09/alguns-limites-planetarios-ja-foram-ultrapassados-admitem-pesquisadores/
Lais Sayuri Ribeiro de Morais, autora da tese de doutorado orientada pela professora Isabel Cristina Sales Fontes Jardim, concentrou suas pesquisas na região das nascentes do rio Araguaia, na divisa de Goiás e Mato Grosso. “A escolha se deve à expansão dos cultivos de soja e de milho na região e ao uso também crescente de agrotóxicos, o que pode comprometer o aquífero. Estima-se que apenas 0,1% do agrotóxico aplicado em cultivos atinja seu alvo; o restante penetra no ambiente contaminando solo, água e ar”.
A pesquisadora explica que agrotóxicos depositados no solo podem ser transportados até as águas subterrâneas principalmente por meio de degradação, adsorção e lixiviação. A avaliação dos níveis desses produtos ganha relevância devido à existência de outras regiões de recarga do Aquífero Guarani sob risco de contaminação, como nos estados de São Paulo (cultura de cana-de-açúcar), Paraná (milho), Santa Catarina (maçã) e Rio Grande do Sul (arroz).
Lais de Morais recorda que a ANVISA começou a baixar portarias para certificar laboratórios de análise de alimentos, justamente por causa de um episódio envolvendo a soja. “Foi quando a China embargou um carregamento do produto devido à presença de agrotóxicos acima do limite máximo de resíduos (LMR) permitido. E é bom frisar que em 2008, segundo a própria ANVISA, o Brasil se tornou o maior consumidor mundial desses insumos”.
Entrevistas com produtores da região das nascentes do Araguaia permitiram que a cientista levantasse os agrotóxicos mais utilizados nas culturas de soja e milho e, destes, os que apresentam maior probabilidade de se infiltrarem foram o imazetapir, nicossulfurom, imazaquim, carbofuram, atrazina, linurom, clorimurom-etil e diflubenzurom.
Mais: Agrotóxicos são ameaça no Aqüífero Gurani, In: Boletim de atualização do Portal EcoDebate, 02 de setembro de 2009, por Luiz Sugimoto, Jornal da Unicamp, Ano XXIV – n 439, http://www.ecodebate.com.br/2009/09/02/agrotoxicos-sao-ameaca-no-aquifero-guarani/

sábado, 12 de setembro de 2009

Acontecerá no Anfiteatro da Pós-Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais a defesa de tese da doutoranda Fabíola Carvalho de Almeida Lima Baroni, dia 15 às 14:00 horas pela Escola de Enfermagem.
Na banca o Prof. Dr. Léo Heller, da Escola de Engenharia/UFMG; Prof.ª Dra. Angela Maria Magosso Takayanagui, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; Profª. Dra. Maria Imaculada de Fátima Freitas, da Escola de Enfermagem /UFMG e a Profª. Dra. Wanda Maria Risso Gunther, da Faculdade de Saúde Pública/USP.
No bojo do trabalho, Condições Ambientais Envolvidas no Processo Saúde – Doença da População de Muzambinho-MG: a visão de seus atores sociais, uma tomada de fôlego para as questões ambientais que envolvem a nossa luta comum em defesa de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Além de amiga, Fabíola é filha da colega, advogada Dra. Adalete Nunes de Carvalho e do médico Dr. Marco Régis de Almeida Lima, Ex-Prefeito e Ex-Deputado Estadual por dois mandatos pelo município de Muzambinho, geminiano protagonista de muitas das várias questões sociais do nosso povo.
Conta com nosso apoio em particular, e o orgulho de termos colaborado em parte na formação do conteúdo do trabalho.
Foto: Vereador Márcio Dias PT/Muzambinho

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dados do Instituo Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV) demonstram que o Brasil é o país que mais recolhe embalagens de agrotóxicos no mundo. No ano de 2008 foram recolhidas 24,4 mil toneladas, 94% das embalagens vendidas que deveriam serem devolvidas para o tratamento adequado.
Comparando com igual período de 2008, até agosto de 2009 o Brasil recolheu 19,734 mil toneladas desse tipo de embalagem, ou seja, 17,6%.

Mais: Brasil já recolheu 19,7 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos em 2009, In: http://www.ecodebate.com.br/2009/09/08/brasil-ja-recolheu-197-mil-toneladas-de-embalagens-de-agrotoxicos-em-2009/
Pedro Peduzzi, da Agência Brasil, EcoDebate, 08/09/2009
O primeiro-ministro eleito do Japão, Yukio Hatoyama, disse ser favorável a uma redução de 25% nas emissões japonesas de gases do efeito estufa até 2020, com relação aos níveis de 1990.
O chefe do Secretariado Climático da ONU, Yvo de Bôer comemora. “Estamos avançando na direção correta – nada errado com a direção, algo a desejar em termos de ritmo. Estou mais confiante do que antes. Acho que o anúncio japonês é incrivelmente encorajador.”

Mais: Secretariado Climático da ONU diz que melhora a perspectiva de acordo climático em Copenhague, In: http://www.ecodebate.com.br/2009/09/09/secretariado-climatico-da-onu-diz-que-melhora-a-perspectiva-de-acordo-climatico-em-copenhague/
Reportagem da Agência Reuters, no Portal G1.

sábado, 5 de setembro de 2009

O autor do blog auxiliado pelos amigos Professor de Literatura e Língua Portuguesa José Sales de Magalhães Filho, também o advogado José Roberto Del Valle Gaspar dirige a solenidade e fala na entrega dos Diplomas aos Membros Efetivos da Academia Muzambinhense de Letras. No centro, entre a Presidenta Maria de Lourdes Armelim Martins e o Vice-presidente Ivon Waldete Vieira destacou a “missão de conduzirem a Academia, ladeados por pessoas que amam a arte, a literatura e a escrita feita com bom gosto” e disse que é “preciso manter acesa a chama do amor e da liberdade, da escrita e da literatura.
Que Deus lhes dê muita saúde e ilumine cada um dos acadêmicos e seja esta academia o símbolo vivo da alma de nosso povo que ama a liberdade e que nos acolhe.”
Mais: Em sessão solene literatos fundam a Academia de Letras em Muzambinho, In: http://www.sulminasweb.com/detalhes.php?id=173 04/09/2009;
Academia Muzambinhense de Letras fez entrega de Certificados aos Membros e homenageou escritor e professor muzambinhense, In: http://www.muzambinho.com/ 04092009