sábado, 17 de outubro de 2009

Segundo último relatório da FAO, há mais de um bilhão de pessoas famintas no mundo e a crise econômica levou para abaixo da linha da desnutrição um sexto da população mundial. Jacques Diouf, diretor-geral da FAO afirma que “os líderes mundiais reagiram com determinação à crise, mobilizando bilhões de dólares em um lapso de tempo muito curto. Agora, a mesma ação decisiva é necessária para combater a fome e a pobreza”. A desnutrição atinge, principalmente, a Ásia e áreas do Pacífico, onde os famintos são mais de 642 milhões. Mas não é um fenômeno desconhecido nem nos países desenvolvidos, onde 15 milhões de pessoas não têm o alimento necessário para o seu sustento.
A cientista indiana Vandana Shiva acrescenta: “Foram os métodos de desenvolvimento equivocados que causaram a fome de centenas de milhões de pessoas. E a FAO também é responsável por isso”. Ela se dedica ao estudo da agricultura e desenvolvimento e é famosa em todo mundo por suas batalhas contra a globalização. “O fato de que hoje a FAO lança esse alarme depois de, durante anos, ter defendido os métodos de desenvolvimento que causaram a fome de milhões de pessoas me deixa verdadeiramente com muita raiva”. E continua: “Hoje, nos dizem que um bilhão de pessoas passam fome. Eu acho que se deveria perguntar o porquê. O porquê é explicado há muitos anos pelos especialistas, economistas e climatologistas como eu, que a FAO não ouviu. Há estudos qualificados que defendem que as monoculturas tornam a agricultura mais vulnerável, e que o uso de fertilizantes químicos contribui para as mudanças climáticas. Porém, a FAO defendeu o uso dessas substâncias. A Índia, neste ano, perdeu boa parte das suas colheitas por causa de enchentes e secas, efeito das mudanças climáticas. Há agricultores famintos. Outros que se suicidaram. E o anel inicial da corrente está nessas políticas, que a FAO apoiou, mas, das quais denuncia os efeitos”.

Francesca Caferri e Anais Ginori, In: Um bilhão de famintos nas estradas do mundo, tradução de Moisés Sbardelotto, La Repubblica: 15-10-2009.
Mais: http://www.ecodebate.com.br/2009/10/17/um-bilhao-de-famintos-nas-estradas-do-mundo-entrevista-com-vandana-shiva/
Na quarta-feira, dia 15, foi aprovado o Relatório Final com medidas para preservar a saúde das pessoas e garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado para todos.
O documento é favorável a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com proibição da prática antiga de finalização ou rejeito em rios, córregos, mares, lagos ou a céu aberto. Na prática o Relatório obriga os municípios criarem programas de gestão dos resíduos produzidos em seus territórios sem a queima descontrolada, apenas com licenciamento ambiental. Se sobrarem rejeitos seguirão para os aterros sanitários.
Os licenciamentos proibirão atividades de catação e criação de animais e habitações temporárias ou permanentes nas proximidades. Contempla também, a coleta seletiva, com responsabilidade para os consumidores e os condomínios que farão a separação dos materiais para a coleta.
O Relatório propõe planos para o setor em cada ente estatal federativo e reforça que os municípios são responsáveis pelos resíduos, embora as outras esferas administrativas obriguem-se fazer diagnóstico de como procedem no esgotamento sanitário. É prevista linha de financiamento pelo Governo Federal para criar coleta e tratamento nas cidades.
Resultado da análise de 79 propostas que tramitaram na Câmara, o Relatório segue para voto em Plenário, sem data marcada.
Relatório sobre política de resíduos propõe fim dos lixões - Marcello Larscher - Foto de Sônia Baiocchi – Agência Cãmara, 16/10/2009
Mais:http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=141563

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Convite enviado pelos organizadores do Encontro Técnico Brasil – Reino Unido em Tecnologias Ambientais, para dia 3 de novembro na cidade de São Paulo.
O Encontro Técnico Brasil – Reuno Unido em Tecnologias Ambientais é uma iniciativa do Centro Brasileiro Britânico que reunirá especialista em gerenciamento de resíduos, reciclagem, remediação de solo, tratamento de efluentes, emissões atmosféricas e tecnologias limpas, além de um número grande de empresas vencedoras com algo a dizer pelo setor.
Toda divulgação recebe a assinatura da Acqua Consultoria focada em meio ambiente e tecnologias.